Não duvido que exista alguma percepção
de que só existimos para duvidar
daquilo que é perceptível.
O que não percebemos, não existe,
logo, não há dúvida.
quarta-feira, agosto 26, 2009
quarta-feira, outubro 03, 2007
Lacunas
Pois todos somos compostos dela,
Apenas dela.
A felicidade se comporta como uma lacuna no espaço do sofrimento e,
Como toda lacuna, espera por ser preenchida,
E o é.
Assim que compreendermos o real sentido da dor,
Compreenderemos como preencher essas lacunas da melhor forma possível
E não tentar, em vão, abrir outras, trazendo novos sentimentos e,
Conseqüentemente, desilusões.
Claro que gostaria de ser composto de vazio,
Viver através de meus sonhos, fugir da realidade.
Mas, assim, não seria.
Ser é sentir que sofre e,
De vez em quando, viver algumas lacunas.
segunda-feira, agosto 13, 2007
Oleg Serembrenschtarinovoski - Finalidade
Quando se confia muito em alguém, você acaba por bater de cara com a decepção. A pessoa é de extrema confiança, você espera muito dela, mas o valor está sendo direcionado para outras pessoas, com interesses diversos. A sua proposta, melhor de todas, é deixada pra trás, como se Nada fosse o seu nome. O que nunca foi dedicado a você, agora é dedicado a muitos. Você só pensa em reverter essa total falta de consideração, mas, ao fazer mal, estaria a adentrar em sintonia com tal deserção moral. Ignore. Seja forte e compacto. Ouça mais e não diga nada. Seja uma pedra, uma fortaleza. Quando for questionado, finja estar alheiro a tudo e a todos. Ouça mais. E mais. Alcance o silêncio. O silêncio...o si-lên-cio............................
sexta-feira, julho 27, 2007
A equação de Toledo-Scotti - Primeira parte
Foto de: http://www.fisica.edu.uy/
Agustín Toledo Dietro-Fillalto era Cosmólogo do Instituto de Física da Universidad de la República de Montevideo (UDELAR). Criava modelos que descrevessem o universo de forma simples, sem muitas complexidades matemáticas. Por essa razão, era muito procurado por alunos preguiçosos na esperança de não exercerem uma atividade muito pesada, comum no universo teórico da física. E, com tantos alunos, não era surpresa alguma que muitos trabalhos surgissem, tanto bons quanto ruins. E foi num desses artigos publicados que surgiu o maior problema da vida de Toledo.
No trabalho intitulado de “Big Crunch: Possibilities to the end of the universe” de 2003, Toledo e seu aluno de doutorado Carlos di Maria Scotti deduziram uma equação que previa o tempo restante do nosso universo através da probabilidade do Big Crunch (o fim) ocorrer. Bem, eis a expressão:
P(t)=[1+exp(1-t/tf)]/2
Se o resultado for 1, a possibilidade P de ocorrer o Big Crunch é de 100%. Ou seja, quando t=tf. A expressão do tempo final (tf) depende de uma série de propriedades termodinâmicas e cosmológicas, podendo ser calculada explicitamente. Assim que Scotti fez o cálculo (orientadores nunca fazem o trabalho sujo), constatou uma curiosidade: o tempo final era aproximadamente o ano de 2011. Ele refez os cálculos umas 5 vezes e sempre obteve o mesmo resultado: 2011,2011,2011,2011 e 2011. Scotti refez os cálculos para Toledo que confirmou o resultado e já tratou de começar o texto para publicação. O texto foi posto à disposição da comunidade científica em março de 2004, teoricamente sete anos antes do fim. Centenas de cientistas do mundo inteiro ficaram indignados com o artigo de Toledo e Scotti e iniciaram uma série de argumentos e trabalhos para quebrar a teoria do fim em 2011. Realmente muitos desses trabalhos possuíam argumentos inquestionáveis acerca do problema, mas nenhum deles poderia afirmar que a teoria TS estivesse errada, pois os cálculos estavam corretos...teoricamente não tinha como quebrar a teoria. Só poderiam indicar outros caminhos.
Metralhados de críticas, Toledo continuou investindo na sua teoria e deduziu a equação TS de diversas formas, dando mais base ao seu resultado. Em 2005, Scotti defendeu a sua tese com louvor e foi fazer pós-doutorado na Itália. Lá acabou conseguindo um emprego na Universidade de Roma e não voltou mais para o Uruguai. Toledo, continuou com muitos alunos e deixou seu trabalho com Scotti de lado.
Continua...
quinta-feira, julho 26, 2007
Oleg Serembrenschtarinovoski - Unidirecional
Nasci, cresci, optei por aquilo que aprendi ao longo dos anos. E o que aprendi me fez forte o suficiente para não temer nem mesmo a nossa hipócrita sociedade. Aliás, eles me fazer rir. Me expresso segundo o que sinto, independente do que vão dizer. Sou preconceituoso? Não. Apenas não me misturo com qualquer um, pois sou melhor que muitos deles. Fato. Já me chamaram disso muitas vezes e, por isso, eles podem ser classificados de preconceituosos também, pois não me aceitam do jeito que sou.
Também não suporto pessoas que reclamam. Os que não tem nada reclamam, querem tudo. E quando conseguem, não dividem com ninguém.
Antes buscava ser amigo de todos, mas aprendi que amigos vêm ao nosso encontro. Amigos de verdade são poucos. A maioria nunca demonstra que é seu amigo. Falam apenas. Fazem isso para se passarem de bonzinhos, entrosados com o meio.
Se esse tipo de gente morrer, não fará a mínima diferença, até porque quem faz a diferença nessa vida sou eu mesmo, escolhendo meus passos sem olhar para os lados, sem me envolver, sempre firme e forte. Enquanto a maioria acredita nas pessoas, eu acredito mais em mim mesmo. Posso mudar meu caminho, fazer a diferença. Apenas eu. As pessoas só irão me atrapalhar, sendo, desta forma, dispensáveis.
Como já dizia o outro, o inferno são os outros.
Antes buscava ser amigo de todos, mas aprendi que amigos vêm ao nosso encontro. Amigos de verdade são poucos. A maioria nunca demonstra que é seu amigo. Falam apenas. Fazem isso para se passarem de bonzinhos, entrosados com o meio.
Se esse tipo de gente morrer, não fará a mínima diferença, até porque quem faz a diferença nessa vida sou eu mesmo, escolhendo meus passos sem olhar para os lados, sem me envolver, sempre firme e forte. Enquanto a maioria acredita nas pessoas, eu acredito mais em mim mesmo. Posso mudar meu caminho, fazer a diferença. Apenas eu. As pessoas só irão me atrapalhar, sendo, desta forma, dispensáveis.
Como já dizia o outro, o inferno são os outros.
domingo, julho 01, 2007
Perdida e Perdedora
Não sou dona de ninguém,
Ninguém é dona de mim.
Não faço com louvor aquilo que escolhi fazer.
Amo aquele que me usa para satisfazer seus desejos
E só.
Em algum desses, eu ache alguém
Que me ache,
Deixando de ser perdida
E sendo apenas perdedora.
Ninguém é dona de mim.
Não faço com louvor aquilo que escolhi fazer.
Amo aquele que me usa para satisfazer seus desejos
E só.
Perdida e só.
Tenho amigos e adoro estar perto deles,
Mas os quero pra mim.
Não sou dona deles
E eles se vão. Os perco.
Mas os quero pra mim.
Não sou dona deles
E eles se vão. Os perco.
Sinto-me perdida, mesmo não estando só.
Sinto-me só, mesmo não estando só.
Sinto-me só, mesmo não estando só.
Não pertenço nem mesmo ao chão que piso,
À casa onde moro, à família a que pertenço.
Quando meus filhos nascerem, já não mais me pertencerão.
À casa onde moro, à família a que pertenço.
Quando meus filhos nascerem, já não mais me pertencerão.
Nem eu a eles.
Mas levo a vida assim...
Perdendo os dias...
Quem sabe,Mas levo a vida assim...
Perdendo os dias...
Em algum desses, eu ache alguém
Que me ache,
Deixando de ser perdida
E sendo apenas perdedora.
segunda-feira, maio 14, 2007
Quem sou eu?
Sou aquele que não estou sendo agora. Hoje em dia busco voltar àquela determinação que me trouxe até aqui. Estou sempre insatisfeito com o meu presente, satisfeito com o meu passado e buscando satisfação no meu futuro. Enxergo o que quero ser, não nos outros, mas no que não existe ainda. Busco a diferença o tempo todo. Admiro muitas pessoas, mas nunca gostaria de ser como elas. Não me acho melhor do que ninguém, assim como não acho ninguém melhor do que eu. Não tenho projetos. Tenho apenas um projeto, assim como tenho certeza de que ele será concretizado, pois nunca me deixei levar pelos desvios que a vida me apresentou. Minhas falhas não são falhas, são constituintes dos meus acertos. Quando voltar a ser o que fui outrora, continuarei a achar que preciso voltar, sempre buscando e jamais alcançando a mim mesmo.
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