Uma ausência causa uma nova presença?

Foto de: http://www.instanteanterior.blogger.com.br/2002_11_01_archive.html
Montagem por: Rafael F. Aranha

Estava, como sempre, pensando sobre a minha vida e cheguei a uma conclusão sobre amizades e relacionamentos: quando grandes amigos se afastam, novos amigos surgem, como se substituíssem os velhos amigos. Não os substituindo no pensamento ou no coração, mas na presença física. Sabe, pra sair na night, conversar pessoalmente e tal.
Acho realmente que isso faz algum sentido. Poxa! Você esta o tempo todo com uma determinada pessoa, tendo os melhores dias da sua vida e de repente ela some, como se tivesse morrido. Isso é péssimo! Mas, aos poucos outras pessoas começam a te ajudar em seus problemas, lhe dando uma nova opção de amizade.
Num relacionamento, como num namoro, também acontece algo parecido: você é louco por uma pessoa e, de repente, ela não serve mais pra você, ou porque você enxerga isso ou porque ela lhe mostra isso. Entrar em um novo relacionamento talvez seja uma saída. Seria uma maneira de substituirmos fisicamente e, dependendo do caso, emocionalmente a pessoa que ainda amamos. Mas devemos ter cuidado para não magoarmos essa nova amizade.
E quando o amigo ou amor reaparece? O que sentimos? Sentimos o mundo mudar novamente. Temos vontade de estar sempre ao seu lado, desfrutar de cada minuto de sua atenção. Mas, ao mesmo tempo, não podemos nos iludir. Elas podem ir embora ou nos fazer sofrer novamente, nos deixando ainda mais tristes e abalados.
Acho que o melhor remédio pra isso é lidar com certa naturalidade com as mudanças que acontecem na nossa vida. Não devemos nos importar tanto com a ausência das pessoas amadas, até porque estas não estão mortas. Sei que é difícil, mas ajuda. Conhecer novas pessoas, seus gostos, suas idéias e suas expressões de carinho pode ser o inicio de uma nova presença em nossas vidas. Se uns vão outros chegam e devemos nos acostumar com isso. Mas nunca deixe de manter contato com suas velhas amizades. Estes nunca vão esquecer de você por mais que estejam afastados.

Ciência X Pseudociência

Foto de: http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Hangar/6777/haunted.html

Ciência é, sem dúvida nenhuma, um assunto de polêmicas e discussões. Até mesmo a minha escolha em viver de ciência tem um pouco a ver com isso. Uns dos maiores inimigos dos cientistas são as chamadas pseudociências. Mas o que seria uma pseudociência? Pseudociência pode ser considerada como um conjunto de informações sem comprovação científica nenhuma e que recebe tratamento de ciência.
Influenciado por Carl Sagan, acredito que cada ciência possui um tipo de pseudociência, como por exemplo, a Química. Adivinhem qual é a sua pseudociência? É a Alquimia! Alquimistas acreditam que podem transformar metal em ouro. Só se eles conseguirem separar UMA molécula do tal metal e mudar o seu número atômico, transformando-o em ouro. Outro exemplo é a Psicologia, com parte da psicanálise e quase toda a parapsicologia. Também podemos incluir a Astronomia, cuja inimiga é a Astrologia e que tenho total aversão. Alguns dos meus amigos são admiradores da Astrologia e de suas possíveis implicações e os respeito por tal escolha. O que não respeito é a pseudociência Astrologia assim como todas as outras.
As falsas ciências são perigosas porque “alfabetizam” pessoas cientificamente analfabetas com informações falsas e com isso a nossa heroína ciência fica desacreditada. As pseudociências, como a Astrologia, são buscadas pelas pessoas porque são de fácil compreensão e você não precisa fazer um curso de Astronomia para entender as influências dos astros na sua vida.
Pseudociências lhe explicam tudo o que você que ouvir, de forma que o mundo se torna um local mais fácil para se viver. O mundo é extremamente complicado e temos que ter cuidado (sempre digo isso) com todos os pseudocientistas que nos querem convencer de que ele é simples. Respeito quem acredita e só.
OBS: Indico o livro “O Mundo Assombrado Pelos Demônios “de Carl Sagan (foto). Nele, as pseudociências são classificadas como um dos tais demônios.