Ultimamente tenho estado muito ocupado e não tenho postado idéias próprias, mas idéias dos maiores pensadores de nossa história. Não que isso seja ruim, mas o blog é MEU! Como o tempo continua curto, continuo escrevendo idéias alheias... Segue então um soneto de Camões, o décimo primeiro. A cada estrofe explicarei o seu significado. Faço isso porque todo mundo me pede... Ninguém curte Camões... Só quando explico. Hehehe...
Tomou-me vossa vista soberana
adonde tinha armas mais à mão,
por mostrar que quem busca defensão
contra esses belos olhos, que se engana.
De todas as qualidades que a moça possuía, o olhar foi o que deixou o rapaz contagiado. E engana-se quem acha que não é possível apaixonar-se depois de encarar aqueles olhos.
Por ficar da vitória mais ufana,
deixou-me armar primeiro da razão;
cuidei de me salvar, mas foi em vão,
que contra o Céu não vai defensa humana.
Como a moça sabia que era capaz de contagiar qualquer rapaz, achou normal que o enamorado em questão estivesse na defensiva, com racionalidade. Bem que ele tentou agir dessa forma, mas diante de tal arte celestial, deixou-se levar pelo amor. Humanos não resistem a esse tipo de arte... rs.
Mas porém, se vos tinha prometido
o vosso alto destino esta vitória,
ser-vos tudo bem pouco está sabido.
Mas, se a moça achava que a grande vencedora dessa estória era ela, por ser a conquistadora, pouco sabia do sentimento dele. O rapaz é que se sentia vitorioso!
Que, posto que estivesse apercebido,
não levais de vencer-me grande glória:
maior a levo eu de ser vencido.
Mesmo que a moça se orgulhasse de ter enfeitiçado o rapaz, este se sentia mais ainda vitorioso de ter sido enfeitiçado. Melhor amar sem ser correspondido do que nunca ter amado ninguém...
sexta-feira, novembro 25, 2005
quinta-feira, novembro 24, 2005
Lei contra o cristianismo
Primeiro dia do ano um ( 30/set/1888 pelo falso calendário )
*Artigo Primeiro - Qualquer espécie de antinatureza é vício. O tipo de homem mais vicioso é o padre: ele ensina a antinatureza...
*Artigo Segundo: Qualquer tipo de colaboração a um ofício divino é um atentado contra a moral pública.
*Artigo Terceiro - O local amaldiçoado onde o cristianismo chocou seus ovos de basilisco deve ser demolido e transformado no lugar mais infame da Terra...
*Artigo Quarto - Pregar a castidade é uma incitação pública à antinatureza...
*Artigo Quinto - Comer na mesma mesa que um padre é proibido: quem o fizer será excomungado da sociedade honesta...
*Artigo Sexto - A história sagrada será chamada pelo nome que merece: história maldita...
*Artigo Sétimo - O resto nasce a partir daqui."
Friedrich Nieztsche
PS: Sarcasmo puro, do mais alto nível. Amo muito tudo isso!!!
*Artigo Primeiro - Qualquer espécie de antinatureza é vício. O tipo de homem mais vicioso é o padre: ele ensina a antinatureza...
*Artigo Segundo: Qualquer tipo de colaboração a um ofício divino é um atentado contra a moral pública.
*Artigo Terceiro - O local amaldiçoado onde o cristianismo chocou seus ovos de basilisco deve ser demolido e transformado no lugar mais infame da Terra...
*Artigo Quarto - Pregar a castidade é uma incitação pública à antinatureza...
*Artigo Quinto - Comer na mesma mesa que um padre é proibido: quem o fizer será excomungado da sociedade honesta...
*Artigo Sexto - A história sagrada será chamada pelo nome que merece: história maldita...
*Artigo Sétimo - O resto nasce a partir daqui."
Friedrich Nieztsche
PS: Sarcasmo puro, do mais alto nível. Amo muito tudo isso!!!
segunda-feira, novembro 21, 2005
Tríade da descoberta
Foto de: www.???.com.br
De todos os livros que li, de todas as idéias que absorvi deles, de todos os autores que admiro, posso, com absoluta certeza, destacar três obras primas as quais formam a base central, o núcleo rígido da minha forma de pensar e agir. Duas delas já foram citadas aqui neste espaço: “O Mundo Assombrado Pelos Demônios” de Carl Sagan (lado científico, meu lado dedutivo) e “Curso de Filosofia” de vários filósofos de nossas universidades brasileiras (lado filosófico, meu lado questionador). Agora quero falar do último deles! Tão ideal quanto os dois citados. Tenho nele o meu lado intelectual mais forte, as minhas idéias mais concisas e claras acerca da nossa sociedade fraca e burra. Suas idéias fazem o papel de concatenação de todas as outras idéias. Passei por momentos pelos quais me envergonho e desprezo. Não passarei por isso novamente! Não mesmo! Estou voltando a reconstruir a mente sólida da qual sempre me orgulhei de possuir!
Bem, colocarei alguns trechos desta obra prima da filosofia do século XIX: “O Anticristo” de Friedrich Nietzsche (lado ateu, meu lado forte e arrogante):
“O que é bom? – Tudo aquilo que desperta no homem o sentimento de poder, a vontade de poder, o próprio poder.
O que é mau? – Tudo aquilo que nasce da fraqueza.
O que é a felicidade? – A sensação de que o poder cresce, de que uma resistência foi vencida.
Quanto aos fracos, aos incapazes, esses que pereçam: primeiro princípio da nossa caridade. E há mesmo que os ajudar a desaparecer! O que é mais nocivo do que todos os vícios? – A compaixão que suporta a ação em benefício de todos os fracos, de todos os incapazes: o cristianismo...”
“...mas qual tipo de homem que se deve criar, que se deve pretender, que tipo terá mais valor, o mais digno de viver, mais seguro do futuro?
Este tipo mais valioso já existiu por mais de uma vez; mas como um feliz acaso, como uma exceção, jamais como um tipo desejado. Pelo contrário, foi precisamente o tipo mais temido até o presente, quase que foi a realidade temível por excelência – e esse temor produziu o tipo inverso, desejado, criado, conseguido: o animal doméstico, do rebanho, a enferma besta humana – o cristão...”
“Não se deve embelezar nem desculpar o cristianismo: ele travou uma guerra de morte contra este tipo de homem superior, renegou todos os instintos fundamentais deste tipo e desses instintos destilou o mal, o negativo – o homem forte como tipo censurável, como proscrito. O cristianismo tomou partido de tudo o que é fraco, baixo, incapaz, e transformou em um ideal a oposição aos instintos de conservação da vida saudável; e até corrompeu a faculdade daquelas naturezas intelectualmente poderosas, ensinando que os valores superiores do intelecto não passam de pecados, desvios e tentações.”
PS: É meu caro Nietzsche...acho que encontrou um dos seus homens raros...
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