quarta-feira, dezembro 20, 2006

The end is near...but I can not see it.



I was wondering with myself some of the worst experiences that I had during this year and I decided to use this space just to put this kind of memories, in this case, bad memories. Today I'd like to bring some words about my last illusion of being loved. Sometimes you think that you are following the right way, the best one, but you're not! You give all that you can, all that you need to make the other person happy but...what do you receive? Nothing, just some words, just some excuses...I prefer the truth instead of pity and fear. I've never given so much love for anyone, never...I know I'm angry, missing her hugs, her kisses, her...just her presence...but it's not fair...definitely not! She didn't even try!!! She didn't give me the chance of showing her all my love...I didn't have time enough to prove how much I love her...that's really not fair. It's not indeed!!! But I'm recovering my energies, my pride, my life and my love for myself. Time cures everything and this time will be not different...but, sometimes, it doesn't...that's my main fear...I won't forget this moment... there's a big and black hole in my heart, in my soul...and it's being hard to fix. I want a medicine...right now!

sábado, fevereiro 18, 2006

Tragédias são Comédias e vice-versa


Foto de: Anton Polster Posted by Picasa

Não tinha nada pra fazer...li alguns sonetos de Camões. Que novidade... Estava me divertindo com essa coisa maravilhosa que são os sonetos clássicos, quando me deparo com o soneto mais trágico e, ao mesmo tempo, hilário da obra do caolho: o 131:

O dia em que eu nasci, moura e pereça,
não o queira jamais o tempo dar,
não torne mais ao mundo, e, se tornar,
eclipse nesse passo o sol padeça.

luz lhe falte, o sol se [lhe] escureça,
mostre o mundo sinais de se acabar,
nasçam-lhe monstros, sangue chova
o ar, a mãe ao próprio filho não conheça.

as pessoas pasmadas de ignorantes,
as lágrimas no rosto, a cor perdida,
cuidem que o mundo já se destruiu.

Ó gente temerosa, não te espantes,
que este dia deitou ao mundo a vida
mais desgraçada que jamais se viu!


Bem, esse soneto me despertou o mesmo sentimento que tenho quando penso no futebol que mais admiro: o futebol austríaco. Ainda tem gente que não acredita que sou fascinado por essa escola futebolística, mas, quem me conhece bem sabe. Esse na foto (de camisa branca) é um dos maiores craques que a Áustria já produziu: Anton Polster, jogando uma partida da Copa de 98 contra Camarões. O jogo foi 1x1 e adivinhe quem fez o gol da Áustria?

O soneto 131 de Camões é hilário porque o modo com que ele é descrito é totalmente sarcástico e sarcasmo pra mim é sinônimo de comédia. É também trágico porque a vida, pra ele, é uma desgraça desde que ele nasceu...na verdade, esse é o motivo da desgraça, rs. É hilária a desgraça dele,rs. E o que isso tem a ver com o futebol da Áustria? Os sentimentos que tive durante todas as competições disputadas pelos austríacos são os mais alegres e felizes em relação ao futebol internacional. Isso me remete a momentos muito felizes da minha vida, como em 98 (apesar da derrota do Brasil...). Mas, ao mesmo tempo, sinto uma tristeza pois eles não ganham absolutamente nada. Muito pelo contrário! Perdem todas as partidas decisivas, a maioria ainda nas fases classificatórias. Uma das derrotas mais expressivas me deixa triste só de pensar: nas eliminatórias pra copa de 2002 a Áustria perdeu de 6x1 para Espanha...e era o melhor time que o país tinha produzido desde o terceiro lugar na Copa de 58 na Suécia. Foi muito injusto...mas, mesmo com essas derrotas, quando tem jogo da Áustria eu sempre torço como se fosse uma final de Copa do Mundo. É uma tragédia feliz! Mas, um dia, eu acredito que eles formarão uma seleção tão forte que os farão voltar aos velhos tempos! :)